Os mitos acerca da reprodução humana podem surgir por causa da ansiedade ou desconhecimento dos casais sobre o tema. Uma informação difundida em larga escala e por tempo suficiente começa a ser considerada como verdade. Para esclarecer as principais dúvidas, separamos os maiores mitos e verdades sobre o tema.
A infertilidade afeta em igual proporção os homens e as mulheres:
Verdade. Segundo estudos, em torno de 40% das causas de infertilidade acontecem nas mulheres. Outros 40% ocorrem por origem masculinas, 10% são referentes a um fator misto (feminino e masculino) e os outros 10% são devido a um fator desconhecido (quadro de infertilidade sem causa aparente).
Desequilibrios nutricionais associam-se à redução da fertilidade:
Verdade. Estar abaixo ou acima do seu peso ideal gera maior dificuldade para obter uma concepção. Para o homem, a obesidade está diretamente relacionada com a contagem e a qualidade dos espermatozoides. Homens com o peso ideal estão mais propensos a produzir esperma qualificado do que aqueles com o índice de massa corpórea (IMC) baixo ou alto.
Alimentos afrodisíacos aumentam a fertilidade:
Mito. A libido não tem relação nenhuma com a fertilidade.
Quimioterapia e radioterapia podem interferir de maneira transitória ou definitiva na produção dos gametas masculinos:
Verdade. Esses tratamentos podem lesionar as células que originam os espermatozoides de forma definitiva.
Quanto maior o número de relações sexuais, maiores as chances de engravidar:
Mito. Excesso de atividade sexual pode diminuir a contagem de espermatozoides no líquido seminal a cada ato.
Isso acontece porque o corpo do homem precisa de um intervalo de 24 a 72 horas para produzir novos espermatozoides. O contrário também é válido: se ele ficar aguardando muito tempo para ter a próxima relação sexual, poderá comprometer a qualidade do sêmen. O ideal para alcançar uma gravidez é ter relações sexuais em dias alternados ou com intervalos de 2 dias — e fazer isso durante o período fértil da mulher.
Relação sexual no dia da ovulação = gravidez:
Mito. As possibilidades de se alcançar uma gestação a cada mês chegam a, no máximo, 20%.
Como se sabe, para que ocorra uma gravidez é necessário que o espermatozoide do homem encontre o óvulo da mulher e fecunde-o. A mulher pode liberar até 1 óvulo por mês, que fica disponível por 24 horas. Nesse período, precisa ocorrer a fecundação pelo espermatozoide.
Na prática, em 80% das vezes o óvulo não é fecundado. A porcentagem de concepções irá diminuir com o aumento da idade, chegando a 1% quando sua parceira chegar a 45 anos.
Hábitos de vida podem afetar negativamente a fertilidade:
Verdade. Sabe-se que o consumo de café e álcool em excesso, cigarros, drogas e anabolizantes reduzem a quantidade e a qualidades dos espermatozoides. Como já foi dito em outro tópico, a obesidade também está associada a queda da fertilidade masculina.
É preciso procurar um médico após um ano de tentativas sem gravidez:
Verdade. Um casal é fértil quando produz uma gravidez em até 1 ano de tentativas. Após esse período, o casal é considerado com dificuldades para engravidar e deve procurar orientação médica. Porém, quando a mulher tem mais de 35 anos, o tempo de tentativas cai para 6 meses e, após isso, deve buscar ajuda.
É possível preservar a fertilidade do homem:
Verdade. A preservação da fertilidade ocorre pelo congelamento dos gametas. Homens submetidos a tratamentos que possam afetar sua produção de espermatozoides são orientados a buscar esse recurso médico.
Dra. Juliana Amato
O post Mitos e verdades sobre a fertilidade masculina apareceu primeiro em Fertilidade.org.